Há alguns anos, o governo depara com a dificuldade de fazer com que as empresas cumpram com as cotas, previstas por lei, para contratação de portadores de deficiência. O setor privado alega que a falta de qualificação da mão de obra dificulta as contratações. Em busca de uma solução, o Ministério do Trabalho e Emprego desenvolveu um projeto que prevê a profissionalização das pessoas com deficiência, física ou intelectual, por meio de cursos técnicos. Cerca de 65 empresas já aderiram ao projeto em nove Estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, cerca de cem aprendizes foram empregados em 2009, e a expectativa da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) é que esse número quadruplique em 2010.
Para cada turma, é montado um currículo que prevê aulas teóricas, em instituições de ensino, e práticas, em empresas parceiras. Após a qualificação, pela qual recebem o piso regional proporcional às horas de aprendizagem e têm carteira de trabalho assinada, os profissionais podem ser contratados pela companhia acolhedora.
Para cada turma, é montado um currículo que prevê aulas teóricas, em instituições de ensino, e práticas, em empresas parceiras. Após a qualificação, pela qual recebem o piso regional proporcional às horas de aprendizagem e têm carteira de trabalho assinada, os profissionais podem ser contratados pela companhia acolhedora.
– Depois que a pessoa está preparada para determinada função, esquecemos a deficiência porque ela passa a produzir como qualquer outra – afirma José Zortéa, diretor regional do Senai, instituição parceira da iniciativa.
Os cursos de aprendizagem no Estado contemplam principalmente dois segmentos, segundo Ana Costa, auditora da SRTE e coordenadora do projeto.Trata-se dos deficientes auditivos, que sempre tiveram dificuldades pela falta de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais, e dos com deficiência intelectual, para quem as barreiras são a exigência de escolaridade e a falta de metodologia adaptada as suas necessidades.
A Stihl, de São Leopoldo, já tem 60 funcionários portadores de deficiência. Entre eles, oito jovens deficientes intelectuais, do curso Senai, que atuam no setor de expedição e logística.
– A família é ponto-chave para o desenvolvimento desses jovens, por isso, ela tem de acreditar que o deficiente é capaz de ser incluído no mercado – destaca Karin Leitzke, gerente de recursos humanos da companhia.
Além dos cursos em funcionamento, é possível solicitar outros de acordo com as necessidades de cada município, diz Paulo Kroeff, presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
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