segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Convite lançamento do livro de Gonzaga Mota - "Textos para reflexão"‏

A Editora IMEPH tem a honra de convidá-lo(a) para o lançamento do livro “textos para Reflexão” do autor Gonzaga Mota, que acontecerá próximo dia 11/02. Maiores informações:
Lucinda Marques
Editora IMEPH
85.3261.1002

Enviado por Andréia Barros / SAC

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

LEVE A DOR PARA PASSEAR

"Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoas e qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d'água...". Assim, como escreveu nesta canção, um grande compositor brasileiro, muitos de nós estão com o pote repleto de sofrimentos e dores da alma, de forma que, não há mais espaço para nada que gere angústia, tristeza e depressão.

Quando estamos nestes estados sombrios e dolorosos, procuramos o isolamento, a penumbra e o silêncio, para que as lágrimas e os gemidos possam ter maior privacidade e o sofrimento tenha as suas emanações inteiramente aproveitadas. Afinal, quem chora, quem se desespera, quem se abraça fervorosamente com a dor, não pode estar diante da luz ou dos sorrisos alheios, que muitas vezes consideramos como uma afronta à nossa combalida alma de sofredor.

Certamente, um tempo afastado de tudo e de todos, sempre é bom para colocarmos as ideias nos seus devidos lugares. Porém, deixar que este tempo se alongue, poderá nutrir os sentimentos de prostração e subnutriros desejos do coração, que nunca quer palpitar de dor e sim, ver o seu dono voltar a sorrir e a lutar pela vida.

Por isso, escolha um belo dia de sol, pode ser também um frio dia de chuva e leve a dor para passear. Quem sabe, ela não encontre motivos para doer menos? Não descubra um lugar onde será mais eficiente do queno seu coração? Esqueça o caminho de volta á sua casa quando você retornar? Ou então, encontre pelo caminho, dores maiores do que a sua ese envergonhe. Enfim, não custa nada tentar, aproveite enquanto está doendo, mas não demore muito, pois ela, sua dor, poderá se acostumar coma solidão, com a escuridão, ficar preguiçosa e não deixar você se movimentar para abrir a janela ou a porta.

Vamos lá, convide sua dor para um passeio. Comece por percursos curtos, vá até o jardim ou quintal, saia da cama e caminhe até outro local do seu quarto, ligue a TV, procure um canal desses que mostram viagens, lugares lindos, mares, montanhas, pássaros, pessoas alegres, etc. Se você for cego, ouça os sons destas paisagens, imagine mentalmente, use os outros sentidos mas evite as cenas iguais às suas ouaos seus cenários interiores de momento, nada de ninguém sofrendo, nadade dor estampada na tela, lembre-se, sua dor quer espairecer, quer aceitar seu convite para um passeio, mesmo que seja rápido.

Está bem, eu sei que dói demais, que não estou no seu lugar, quefalar é fácil, que pimenta no dos outros é refresco, que sua dor não quer passear para não correr o risco de encontrar alegria abundante lá fora, diante de tanta escassez dentro de você. Mas se ainda não é o momento de convidá-la para passear, pelo menos, aproveite um instante que seja, enquanto ela estiver desprevenida e nem perceba aquele pensamento otimista intrometido, que quer entrar em lugar onde não foi chamado e saia do seu eu menor e veja o seu EU MAIOR mostrando sua força interior, sua capacidade de enfrentar e vencer problemas, sua condição de compreender melhor a dor e a sua vontade, antes escondida entre as lágrimas, de sair, de mudar o quadro mental, de pular fora dessa, decorrer e gritar pra todo mundo ouvir, que você voltou a sorrir, a querer companhias humanas ao seu redor, que as janelas e portas estão abertas para a felicidade, que você foi um bobo ser que demorou muito a levar sua dor para passear.

Agora, se a minha espontânea e solidária crônica sobre a dor que precisa passear, não modificou de alguma forma o teor da tristeza que se instalou em sua casa interior, deixe-me pinçar uma poesia do meu livro"Viagem ao Céu Particular", para mandar um recado à tristeza, que não voltará, depois que a dor sair para passear: TRISTEZA TRISTEZA
Paulo Roberto Cândido

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Reunião ALASAC 2011

O início do ano letivo vem com muitas novidades. Nesta perspectiva, a Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos - ALASAC se reune hoje (11) para mais uma reunião extraordinária que tem como objetivo reunir os seus integrantes para traçarem novos caminhos para 2011. A reunião acontece das 9:00h às 11:00h na Instituição.
Confira a pauta:

1. Abertura (Presidente)
2. Acolhida (Thayná Viana)
3. Palavra da Secretária (Andréia Barros)
4. Palavra Girante (Presidente)
5. Leitura do Estatuto (Andréia Barros)
6. Discussões sobre a página na internet (Presidente e demais participantes)
7. Deliberações Gerais (Presidente e secretária)
8. A doce caixa da amizade (Dinâmica da caixa de chocolate)
9. Encerramento e almoço.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

RETROSPECTIVA 2010


Naquele dia em que você chorou, suas lágrimas eram gotas de construção.

Naquela hora em que você se sentiu derrotado, a angústia era o pontapé inicial para a vitória.

Naquele momento em que você se encontrava sozinho, sua solidão era recolhimento com uma multidão de pensamentos transformadores.

Naquele instante em que você pensou em desistir de tudo, sua mente estava voltada para as verdadeiras conquistas que precisavam ser alcançadas.

Naquela vez em que a tristeza bateu à sua porta, o "toc, toc" era o sinal da alegria querendo dizer que poderia entrar primeiro.

Enfim, naquele dia, naquela hora, naquele momento, naquele instante, naquela vez, naquela qualquer medida de tempo ou espaço do ano que passou, tudo era registro pra retrospectiva de uma excelente perspectiva para o novo ano que chegou.

Não seja igual a TV que só mostra os piores momentos, seja um arco-íris anunciando um belo cenário no horizonte eterno de sua existência repleta de Fé, Esperança, Amor e Caridade.


Feliz 2011, repleto de melhores momentos em todos os dias do calendário!

Paulo Roberto Cândido

Receita de Ano Novo



Receita de Ano Novo

(Carlos Drummond de Andrade)


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação
como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperançaa partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.