domingo, 6 de junho de 2010

ONG lança guia para ajudar trânsito de deficientes

A rotina de Wilson Cruz, secretário-geral da organização não-governamental (ONG) Vida Brasil, que atua na promoção, defesa e garantia de direitos de pessoas com deficiência, não é fácil. Wilson, que se locomove em uma cadeira de rodas, sai todo dia de casa, em Cosme de Farias, até a Lapa, para, em seguida se direcionar até o bairro da Mouraria, onde trabalha. Um único ônibus adaptado para cadeira de rodas com destino à Estação da Lapa trafega no bairro durante a manhã – e o mínimo atraso pode gerar muito transtorno.

Ao chegar no subsolo da Lapa, ele tem que contar com a sorte para encontrar a escada rolante funcionando. “Como não é raro estar quebrada, tenho que pedir ao motorista para me deixar no térreo”, conta. Diante das escadas que ligam a estação à Av. Joana Angélica, mais transtornos. “Chamo um fiscal e ele pede ao motorista para mudar o trajeto e me deixar lá em cima. Ou, então, os fiscais chamam algumas pessoas e me ajudam a subir carregado”, relata o cadeirante.

Em Salvador, onde 500 mil pessoas (cerca de 16% da população) têm algum tipo de deficiência, conforme dados do IBGE, dificuldades encontradas por pessoas como Wilson são inúmeras. Como contribuição para minimizar os problemas urbanos, a ONG Vida Brasil selecionou 130 locais cujo nível de acessibilidade não é tão precário e criou o Guia de Acessibilidade e Cidadania de Salvador, publicação que vai ser lançada na próxima terça-feira, e terá distribuição gratuita para organizações sociais de 10 mil exemplares.

Com o guia, os leitores poderão saber a localização de rampas, banheiros adaptados, distância dos pontos de ônibus em relação aos estabelecimentos citados e a melhor forma de chegar aos locais, além da localização de vagas reservadas em estacionamentos.

O guia contempla praças, teatros, museus,cinemas e bibliotecas; parques e praias; estações de transbordo e ascensores; restaurantes e pizzarias; shoppings, mercados e supermercados; hotéis; auditórios e salas de reunião; espaços de apoio e denúncia; redes de agências bancárias; centros de saúde e associações.
Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2996433

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