quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Homenageada de 2011 - Maria da Penha Maia Fernandes

Conheça um pouco da história da Maria da Penha Maia Fernandes, homenageada do IV ENCONTRO DE MULHERES QUE FAZEM A DIFERENÇA - 2011.


Cearense de Fortaleza, Maria da Penha é farmacêutica bioquimica pela Universidade Federal do Ceará, com Mestrado em Parasitologia em Análises Clinicas, pela Faculdade de Ciências Farmaceuticas da Universidade de São Paulo, aposentada.

Em maio de 1983 Maria da Penha foi vitimada por seu então marido, Marco Antonio Heredia Viveros com um tiro nas costas enquanto dormia, que a deixou paraplégica. Marco Antônio por duas vezes foi julgado e condenado, mas saiu em liberdade devido a recursos impetrados por seus advogados de defesa.
Em 1998 publicou o livro Sobrevivi... posso contar... (reeditado em novembro de 2010) que em 1998 serviu de instrumento para, em parceria com o CLADEM (Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher) e CEJIL (Centro pela Justiça e o Direito Internacional). denunciar o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos OEA.

Essa denuncia resultou na condenação internacional do Brasil, pela tolerância e omissão estatal, com que de maneira sistemática, eram tratados pela justiça brasileira, os casos de violência contra a mulher.

Com essa condenação, o Brasil foi obrigado a cumprir algumas recomendações dentre as quais destaco a de mudar a legislação brasileira que permitisse, nas relações de gênero, a prevenção e proteção da mulher em situação de violência doméstica e a punição do agressor.

E assim, o governo federal já sob o comando do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, através da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres parceira de cinco organizações não governamentais, renomados juristas e atendendo aos importantes tratados internacionais assinados e ratificados pelo Brasil, criou um projeto de lei que após aprovado por unanimidade na Camara e no Senado Federal foi, em 07 de agosto de 2006, transformado através da Lei Federal 11340 = Lei Maria da Penha.

A sua contribuição nesta importante conquista para as mulheres brasileiras tem lhe proporcionado, por todo o país, significativas homenagens, convites para palestras, seminários, entrevistas para jornais, revistas, rádio e televisão, etc nos quais tenta contribuir para a concientização dos operadores do Direito, da classe política e da sociedade de uma maneira geral, da importância da correta aplicabilidade da Lei Maria da Penha ,ao mesmo tempo em que esclarece também a questão da acessibilidade para pessoas com deficiência.

Paralelo às atividades acima descritas, Maria da Penha permanece atenta a tudo que se refere à lei 11340/2006 batizada com o seu nome, que por diversas vezes foi alvo de tentativas de enfraquecimento, como por exemplo, quando buscaram aprovar no Senado Federal o anti-projeto de Lei 156/2009 que visava transformar a violência doméstica contra a mulher em crime de baixo potencial ofensivo. Através do lançamento do Manifesto Público de Apoio à lei Maria da Penha coletou inúmeras assinaturas nos locais onde se apresentava. Essa ação junto a outras de militantes instituições como o Ministério Público e a Defensoria Pública, resultou na manutenção da lei Maria da Penha na sua integridade.

Protocolou na Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará, em janeiro de 2009, o oficio 764/2009-7 solicitando providências para, atendendo a uma das recomendações da OEA, incluir nas unidades curriculares de ensino, a importância do respeito à mulher e aos seus direitos reconhecidos na Convenção Belem do.

Atualmente Maria da Penha é Presidente do “Instituto Maria da Penha – IMP”, uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que visa, através da educação, contribuir para conscientização das mulheres sobre os seus direitos e o fortalecimento da Lei Maria da Penha.

3 comentários:

  1. jeffersom: ela e um pessoa que passou muitaas dificudades é triste porque ela ficou paraplegica

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  2. rodrigo:parabéns porque a senhora passou por muitas dificuldades e superou tudo

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  3. Vergonha maior aconteceu na OAB dia 18 quando a Dep.Patricia Saboia agrediu com palavras vulgares uma senhora de 77 anos, chamando-a de “MAL AMADA”, quem sera mesmo a mal amada da estoria? Consuelo Lins è uma advogada de luta, nao de palavras vazias como a DEP. que sonha com a Prefeitura de Fortaleza, mas como DEUS è pai ela NUNCA TERA!!!

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