sexta-feira, 29 de abril de 2011

O CASAMENTO IRREAL

No mundo inteiro, plebeus e monarcas, conservadores erevolucionários, espiritualistas e materialistas, crentes e ateus,inteligentes e insanos, "grifados" e esfarrapados, milhões detelespectadores de toda ordem, acompanhando o casamento da plebeia com o Príncipe, quem sabe até, com audiência interplanetária, com milhares deles conectados com a realeza da cobertura. Realmente, toda a imprensamundial esmerando-se em ser mais Real do que o Rei, para mostrar todo o Glamour do matrimônio, cujo efeito é mais bombástico do que o causado pelas ogivas nucleares, ao que parece.


Quantos detalhes luxuosos, quantos closes elegantes, quanto poder concentrado na Abadia e no Palácio e quantas bocas babando de inveja? Tudo por conta das estórias de trancoso, que transformaram Príncipes, Princesas e Rainhas em modelos de projeção social. Enquanto isso, nasala do caldeirão, as bruxas se divertem, pois, na verdade, são elasquem projetam seus feitiços para que a humanidade siga os modelos dabrutalidade e não do encanto. Vide os brutos encantados diante das cenasdo casamento irreal.


Onde estão os links dos sentimentos? As luzes dos pensamentos? ossos das consciências? os rostos limpos e a nudez das almas? Cadê amídia das intenções, porque ela não cobriu o outro lado da cerimônia? Queremos saber o que sentiu o homem e a mulher desnudos dos títulos denobreza, o que vai pulsando em suas essencialidades, como começou a História do relacionamento, o que o atraiu nela e o que a atraiu nele?.Na imensidão encantada de telespectadores, existem os loucos poetas, questão ligados no glamour das sinceras emoções e do casamento real entrea imagem e o coração.


Sim, disse o Príncipe, sim, disse a Plebeia, agora Princesa, sim, disseram o ouvinte, o vidente e o sonhador, sem Reinos e sem Palácios, porém encantados e que acordaram cedo para acompanhar o casamento do século. Sim, disse o jornalismo falado, escrito e televisionado para manter real o que é irreal. As alianças foram trocadas com as fantasias e a Lua-de-mel só vai começar e continuar para aqueles que sabemencantar os súditos. Estes, coitados, assim que se desconectarem das ilusões, irão voltar à vida real, que neste caso, nada tem de Realeza.


Mas quem sou eu para desencantar plebeus e ofuscar o brilho dos encantadores? Afinal, fui doutrinado também por Fábulas recheadas de Príncipes e Princesas. Deixa estar, sou o poeta borralheiro e não está na época das abóboras, dificilmente, uma delas se transformará em carruagem e me levará até o Palácio onde acontece o casamento irreal dos séculos. Centenas de anos que construiram o vazio secular das Realezas. Por certo, reis, súditos e todas as castas terrestres terão o mesmo final feliz. Todos perderão as riquezas materiais e assumirão os seus tronos no Reino Celestial. Não precisaria mesmo estar entre os 1900 convidados da festa, para descobrir esta realidade. Continuo Rei no Reino do que penso, dizendo sim às alianças que fiz com a nobreza dos meus sentimentos.


Paulo Roberto Cândido de Oliveira

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