segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Futebol para mulheres cegos


Foi realizada durante os dias 13 e a4 de agosto na Sociedade de Assistência aos Cegos uma oficina de futebol feminino para mulheres cegas.

Confira a reportagem do Jornal O povo a seguir:

Faz quatro anos que o Carlos não enxerga. Depois que as bananas de dinamite explodiram perto dele, perdeu a visão na hora. Passou 29 dias em coma. Foram 10 cirurgias plásticas desde então. “Estou vivo, porque Deus é maravilhoso. Mas o futebol é uma das coisas de que mais eu sinto falta; eu adorava”, conta ele, que tem 43 anos e está reaprendendo a jogar o chamado futebol de cinco.

Nesse fim de semana, Carlos (que carrega Guerreiro no sobrenome) era um dos que reinventavam a arte do futebol, na oficina para pessoas cegas, promovida na Sociedade de Assistência aos Cegos, no Monte Castelo. A oficina era destinada a mulheres, mas vários homens também participaram. Houve aulas teóricas e práticas com as adaptações de que as pessoas com limitações precisam.

A bola era com guizo para fazer zoada enquanto é conduzida. Na parte lateral, a cerca impede que a bola saia. Uma pessoa, o chamador, fica atrás das traves orientando os jogadores.

A oficina foi organizada pelo professor Vicente Cristino, mestre em Educação Física e responsável pelos esportes na Sociedade. Cerca de 30 alunos participaram. “É uma oportunidade para eles vivenciarem a arte do futebol de cinco”, analisa ele, que busca de apoio para divulgar mais o esporte.

Gabriel Mayr veio do Rio de Janeiro dar aulas aos cearenses. Mestre em Educação Física Adaptada, ele veio com a experiência de quem comandou a equipe feminina de futebol para cegos e conquistou, com um treinamento de três meses, o campeonato mundial na categoria: “Nosso objetivo é de formar novas equipes, de mostrar o caminho”. A intenção é formar as equipes para disputar o campeonato em dezembro. (Daniela Nogueira)

E-MAIS

>A jogadora Sílvia Regina Santos Azevedo de Mesquita, 31 anos, também veio ministrar a oficina. Ela fez parte da equipe carioca que ganhou o campeonato mundial de futebol para cegos.

>“Eu não sabia nem dar bico. Até levei na brincadeira no começo, mas encarei o desafio. É preciso ter força de vontade e responsabilidade. E depois do título, essa responsabilidade aumentou”, conta ela.

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