quinta-feira, 24 de março de 2011

Seda das aranhas pode ajudar epilépticos e cegos

Pesquisadores de universidades norte-americanas descobrem funções medicinais nesses compostos bioquímicos.

Podem não acreditar, mas as aranhas guardam um segredo capaz de ajudar a medicina. Os cinco tipos de seda que produzem possuem capacidades incríveis dizem David Kaplan, da Universidade de Tufts, e os seus colegas das Universidades do Illinois e da Pennsylvania, nos Estados Unidos. A flexibilidade dos seus fios, por exemplo, poderia ajudar a tratar a epilepsia sem ser necessário deixar a marca das cicatrizes quando se implantam os electrodos nos pacientes. E as suas características aquosas e de biocompatibilidade podem levar à criação de córneas artificiais.

Kaplan e os seus colegas fizeram esta descoberta depois de testarem o uso de electrodos em fios de seda produzidos por bichos-da-seda. Mas têm a certeza que o material criado pela aranha poderia ter mais utilidades: "Os bichos da seda só produzem um tipo de fio. As aranhas têm uma caixa de ferramentas inteira", disse ao New York Times Cheryl Hayashi, da Universidade da Califórnia. E que além de poderem ajudar os epilépticos, poderiam também produzir cabos mais fortes e leves do que os de aço ou coletes à prova de bala mais eficientes dos que usados hoje em dia.

Mas existe um problema que tem impedido os cientistas de desenvolver este material: apesar de as aranhas produzirem cinco tipos diferentes de seda, fazem-no em muito pouca quantidade. Os investigadores já pensaram em tudo, incluíndo, criá-las em cativeiro. Mas como as aranhas se alimentam de insectos vivos e algumas chegam a ser canibais, este tipo de produção seria impossível. E não existe para já nenhum laboratório no mundo capaz de produzir artificialmente a seda das aranhas.

Para já, David Kaplan, que estuda estes insectos há 21 anos, têm um dado muito importante: as aranhas controlam a sua produção de seda através das quantidades de água que usam neste processo. Foi com base nesta descoberta que em 2005 um investigador de pós-doutoramento do laboratório da Universidade de Tufts criou um mecanismo que talvez permita criar uma córnea artificial a partir da seda.
Fonte: Rede Saci

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