sábado, 10 de julho de 2010

Dia Mundial da Saúde Ocular - 10 de Julho


Visão deve ser levada a sério
Com o objetivo de alertar para a importância da visão, a Organização Mundial da Saúde e a International Agency for Prevention of Blindeness marcaram 10 de julho como o Dia Mundial da Saúde Ocular, data que também faz parte do calendário do Ministério da Saúde. Especialistas alertam que é preciso repensar a importância que se tem dado aos cuidados da visão. Aproximadamente 40 milhões de pessoas no mundo não enxergam e outras 136 milhões sofrem algum tipo de deficiência visual.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos 24,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, 70% são cegos ou possuem baixa visão. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia revela que 90% das vítimas de cegueira são de baixa renda, o que muitas vezes não significa apenas falta de recursos, mas sim de informação. O oftalmologista especialista em catarata, Celso Boianovsky, diz que para estar com a saúde ocular em dia é importante se consultar no mínimo uma vez por ano. “Para uma qualidade de vida e prevenção é necessário ir periodicamente ao oftalmologista, pelo menos uma vez por ano”, afirma. Ele conta que geralmente a população, acima dos 40, anos apresenta algum problema de vista por causa da vista cansada.
Contudo, se o problema for diagnosticado cedo pode ser normalizado, principalmente em se tratando de crianças entre 0 a 7 anos, época que o sistema nervoso ocular e cerebral têm boa plasticidade. “As crianças frequentemente têm problemas de vista e muitas vezes é difícil de diagnosticar, porque geralmente não reclamam de dores de cabeça e outras dificuldades, por isso a importância das consultas”, diz. “O ideal é comparecer periodicamente ao oftalmologista, mesmo se a pessoa não sentir sintomas da visão razoável, como dor de cabeça e cansaço. Existem doenças que são hereditárias, mas muitas são evolutivas, como a miopia. Um paciente pode ter uma boa visão durante o ano e no outro já apresentar alguma dificuldade”, enfatiza o oftalmologista.
O médico também alerta para as doenças mais graves como a catarata e o glaucoma, que se não tratadas podem levar a cegueira. Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver a doença. “O glaucoma é uma doença crônica e silenciosa, particularmente não tem sintomas e quando a pessoa percebe sua existência pode ser tarde de mais”, alerta. “A catarata também possui surgimento lento. Em 99% dos casos a doença surge após os 60 anos. Mas, se diagnosticada no período inicial possui excelente nível de tratamento seguro e eficaz”, explica Boianovsky.
Com deficiência visual desde os oito anos de idade, a estudante Daiane Cristina da Silva, 20 anos, conhece bem o problema. “Desde criança usava óculos para corrigir a miopia. O problema acabou, mas fiquei um tempo sem usar e o grau piorou, desenvolvendo outros problemas. Hoje, sofro de astigmatismo e hipermetropia. Só tiro os óculos para dormir e tomar banho. Tenho medo de ficar mais velha e o problema se agravar”, diz.

Doenças mais comuns:
Miopia - os olhos podem ver os objetos que estão perto, mas não é capaz de ver nitidamente os objetos que estão longe. A correção da miopia pode ser feita com uso de óculos, lentes de contato e em alguns casos cirurgias.
Hipermetropia - o contrário da miopia. Nesta situação o olho é geralmente menor que o normal. O plano horizontal ou a curvatura da córnea é muito pequena e a imagem se forma depois da retina. O paciente precisa utilizar lentes convergentes, também conhecidas como positivas, através de óculos ou lentes de contato.
Astigmatismo - é causado geralmente por irregularidade da córnea, e seu efeito é a distorção da imagem. O astigmatismo pode ser miópico ou hipermetropico (simples) ou misto. O miópico impede a visão nítida para longe e para perto e o hipermetropico é uma deficiência de visão que também ocorre em um dos meridianos.
Catarata - é uma patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, diabetes, uso de medicamentos, entre outros. Tipicamente apresenta-se como embasamento visual progressivo. É realizada cirurgia para o tratamento.
Glaucoma - é a designação genérica de um grupo de doenças que atingem o nervo óptico e envolvem a perda de células ganglionares da retina num padrão característico de neuropatia óptica. O tratamento é feito através de medicamentos como colírios para diminuir a pressão ocular ou por meio de cirurgias.

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