sexta-feira, 26 de março de 2010

A importância do uso da bengala






A Importância do uso da bengala para o Deficiente Visual




Por Juliana Durand







Muitos atribuem à bengala um instrumento de identificação que aquele individuo é "cego”. Esta concepção na maioria das vezes surge da própria pessoa cega e que por preconceito consigo mesmo, muitos se recusam ao uso da bengala.
Mas a bengala é símbolo de vitória e independência para aqueles que as usam, pois com ela podemos perceber as mais diferentes sensações táteis. É com ela que o cego conquistou não só a sua independência e autonomia, mas conquistou também o respeito de ser um cidadão atuante, pronto a ingressar a faculdade e ao mercado de trabalho, assim também como a admiração de todos.
Se desde cedo a criança cega ou com visão reduzida for conscientizada e estimulada pela família a usar a bengala, poderá lidar muito mais com as dificuldades próprias e peculiares da infância do que com uma sobrecarga de problemas e tabus adicionada pelos receios, incertezas e preconceitos do adulto. O mesmo certamente acontece com o adolescente e com o adulto, pois as dificuldades e características destas fases serão enfrentadas e resolvidas sem o estresse da preponderância da sua condição de deficiente visual. Isto é: Julia antes de ser cega, é uma criança; Miguel, um jovem acima da sua deficiência visual e Francisco, um adulto apesar da sua visão reduzida.


Conheça um pouco mais como tudo começou...

“Em 1945, o exército americano sentia-se passivo e inoperante diante dos soldados cegados na guerra; 2358, recrutas recebendo pensão do governo e com sua locomoção comprometida. Primeiro Tenente Oftalmologista, Richard Hoover, junto com sua equipe, propôs estudar e tratar o problema da cegueira e o mecanismo da marcha. Hoover criou um método revolucionário de locomoção. Usando um instrumento que lembrava um bastão, mas com função, material e comprimento diferentes. A aplicação desta técnica foi um sucesso extraordinário. Hoover desenvolveu um sistema de exploração para ser efetuado com o toque da ponta da bengala, que transmitiria todas as sensações táteis detectadas por ela. 1948, terminada a primeira etapa, Hoover estendeu o projeto aos demais soldados cegos. Vendo o interesse da sociedade civil, educadores e familiares dos cegos civis, a partir daí difundiu-se, a todos os interessados, a técnica da bengala longa. A técnica de Hoover pela sua comprovada eficácia, segue sendo a única em vigor em todo o mundo. 1957, Joseph Albert Apenjo, enviado pela ONU ao Brasil, veio transmitir as técnicas de orientação e mobilidade ao primeiro grupo de profissionais interessados.”

Referências Bibliográficas: GARCIA, Nely, 2003 - "Como" desenvolver programas de Orientação & Mobilidade;
MEC-SEESP, 2003 - Orientação & Mobilidade: Conhecimentos básicos para inclusão do deficiente visual - Brasília.
(Juliana Durand - Professora do Instituto Hélio Góes)

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