terça-feira, 10 de março de 2015



VII Encontro de Mulheres que Fazem a Diferença
 


Na última sexta-feira (06/03) a Sociedade de Assistência aos Cegos, realizou o VII Encontro de Mulheres que Fazem a Diferença. Evento este que homenageia mulheres que se destacam não só como profissionais, mas acima de tudo, por seus atos solidários. Acima as três homenageadas segurando o troféu: Carmem Menezes, Tiane Nogueira e Heloisa Stangier.

O Evento foi apresentado pelo ex-aluno e mestre de cerimonia Lucas Lima que deu inicio ao evento convidando a presidente Josélia Almeida para uso da palavra. A Sra. Josélia Almeida emocionou as homenageadas e a todos os presentes com seu discurso que dizia:
 
Boa tarde a todos,
    A  Sociedade  de  Assistência  aos  Cegos  mantendo  a  tradição  de homenagear três grandes mulheres na  semana  em  que  celebramos  o  dia internacional da mulher, vem com muita alegria de todos que  a  compõem,
tornar público através desta celebração, que mais uma vez destacaremos a força, a sensibilidade  e  a  energia  de  três  mulheres  que  fazem  a diferença e que conseguem superar todos os obstáculos com o trabalho,  a responsabilidade social e a boa vontade de servir  sempre  em  todos  os lugares por onde passam:
Carmem Menezes
Heloisa Stangier
Tiane Nogueira
 
Carmem Menezes
     Chegou aqui no seu tapete mágico, nos  encantou  com  a  sua  atenciosa contribuição com tudo  que construísse  pontes  entre  a  Sociedade  de Assistência aos Cegos e o mundo lá fora,  trazendo  de  volta  as nossas crianças que andavam  escondidas,  para  que  elas  viajassem com as histórias contadas por ela e pelo Nasrudin.
     Sua presença entre nós fez com que muitos olhos se voltassem para as nossas causas e muitos corações fossem  sensibilizados  com  a  delicada maneira, com a qual a Carmen divulga a SAC pelas redes sociais, mentais  e cósmicas.
    Mesmo com suas dificuldades, nunca deixou de sorri e nos fazer acreditar sempre em um final feliz, ajudando-nos com a psicologia da felicidade.
 
Heloisa Stangier
     Educadora física, educada espiritualmente também, sempre  utilizou  seus músculos para tonificar a musculatura cidadã daqueles, que muitas  vezes, por falta de boas políticas públicas de inclusão ou de  responsabilidade social de alguns governantes , acabam ficando inertes diante  dos grandes    obstáculos que aparecem  no caminho.
     Nós que fazemos a Sociedade de Assistência aos cegos, queremos com  esta homenagem,  agradecer  à  Heloisa,  por  todas   as    águas,    pistas, aparelhagens, eventos e demais elementos que ela  tornou  acessível  aos nossos alunos, para que a luz, o som e a força motriz encontrasse  novos campeões no universo das pessoas com deficiência.
 
Tiane Nogueira
Com ou sem quimono tem aplicado golpes na consciência social  de  muitos que andam com uma  faixa  preta  nos  olhos,  impedindo  de  enxergar  a solidariedade e a ação efetiva de inclusão de  pessoas  com  deficiência visual e motora.
Ela traz sempre consigo , o tatame da boa vontade, estendendo-o toda vez que ouve alguém dizer: AiKIDÔ; Ou seria: AI  QUE  DOR?  Seja  como  for, Tiane é uma excelente atleta  do  voluntariado,  que  vem  ensinando  aos nossos alunos a vencerem as limitações impostas pela deficiência visual  .
Realmente, vocês três são mulheres que fazem a diferença.
Parabéns!
 
     Após o discurso as homenageadas foram entrevistas pelo professor da entidade e presidente da Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos - ALASAC. Durante o evento foram realizadas duas apresentações foram elas: Balé sobre rodas com Ana Raquel Vieira Freire bailarina do grupo elos da vida e uma apresentação do grupo de dança da própria entidade e uma demonstração de Judô por dois de nossos alunos que são preparados e treinados por Tiane Nogueira uma das homenageadas.  Além das apresentações foi lida pelo professor do Instituto Hélio Góes George Vieira a uma mensagem sob o titulo "Mulherão".
 
                                     Mulherão
                                     Mensagem
Peça para um homem descrever um mulherão.
“Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios,
na medida da cintura, no volume dos lábios,
nas pernas, bumbum e cor dos olhos.
Ou vai dizer que tem de ser loira, 1,80m,
siliconada, sorriso colgate.
Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas:
Veras, Giseles, Malus, Adrianes, Lumas e Brunas.
Agora pergunte para uma mulher o que ela considera
um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho
e mais dois para voltar, e quando chega em casa,
encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir
matrícula na escola, e aquela aposentada que passa horas
em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 reais mensais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários
de segunda à sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é aquela que sai do trabalho e vai para a faculdade
estudar até às 24 horas para ter uma vida mais digna.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas,
depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquila,
que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça,
ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos para escola,
busca os filhos na escola,
leva os filhos para natação, balé, leva os filhos para cama,
conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme
enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo,
é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva,
é quem opera pacientes, é quem lava roupa para fora,
é quem bota a mesa, cozinha o feijão e
à tarde trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem cria os filhos sozinha,
quem dá expediente de 8 horas e
enfrenta menopausa, TPM e menstruação.
Mulherão é quem arruma os armários, coloca as flores nos vasos,
fecha a cortina para o sol não desbotar o sofá
e mantém a geladeira cheia.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está,
o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.
Marias, Patrícias, Anas, Luanas, Sheilas,Vitórias:
mulheres nota 10 no quesito lindas de morrer,
mas mulherão é quem mata um leão por dia para sobreviver.”
Feliz Dia das Mulheres!
 

O evento foi finalizado com a entrega das placas ás homenageadas feita pela presidente da entidade Josélia Almeida.  

Visite a nossa página do facebook e veja as fotos do evento (Instituto Hélio Góes)

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