quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Implante de chip recupera visão de cegos

Aparelho ajudou pessoas com deficiência visual a enxergar o suficiente para realizar tarefas básicas.
Berlim. Cientistas alemães desenvolveram um implante de chip de retina capaz de devolver parte da visão a pessoas cegas. O trabalho foi publicado na edição de novembro da revista científica "Proceedings of the Royal Society".
Nas primeiras experiências com pessoas que sofrem de distrofia hereditária da retina, o implante ajudou dois homens e uma mulher, que possuiam diversas formas de deficiência visual, a enxergar o suficiente para realizar tarefas básicas, como ver o relógio e decifrar letras.
Um dos homens viu o sorriso da namorada pela primeira vez, o outro foi capaz de ler seu próprio nome. Os três conseguiram localizar objetos brilhantes sobre uma mesa escura, e dois foram capazes de diferenciar padrões de xadrez. Um dos pacientes conseguiu descrever corretamente objetos como um garfo ou faca sobre uma mesa, padrões geométricos e frutas, além de discernir tons de cinza, com apenas 15% de contraste. Um deles conseguiu ler letras grandes sem nenhum treinamento prévio.
O implante é um microchip minúsculo com equipado com 1.500 sensores de luz, que precisam de uma unidade de controle externa para funcionar. Ele age como um receptor de luz para os olhos que perderam essa capacidade, e emite pulsos elétricos ao nervo ótico. O chip cria uma percepção visual detalhada significativa.
Este chip pode se tornar a cura para alguns tipos de cegueira em cinco anos, o que significa mudar a vida de pessoas que têm retinite pigmentosa (RP), de degeneração da retina. Essa doença normalmente começa na infância e eventualmente leva à cegueira. Ela afeta uma a cada 4 mil pessoas no mundo.
Os pesquisadores também acreditam que poderão curar a deficiência de visão causada pela degeneração macular, ligada ao avanço da idade e principal causa da perda do sentido em idosos. Tanto a RP quanto a degeneração macular relacionada à idade são doenças que afetam fotorreceptores da retina e causam perda progressiva da visão, levando mais de 15 milhões de pessoas à cegueira.
"Isso prova que o nervo óptico de um paciente que ficou cego há anos pode ser despertado", afirmou o professor de Oftalmologia da Universidade de Oxford, Robert Maclaren.
Fonte: Diário do Nordeste

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