sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ENSAIO SOBRE A COMPREENSÃO

CÉREBRO E CORAÇÃO À SERVIÇO DA COMPREENSÃO

Paulo Roberto Cândido

O que nos faz compreender melhor, a razão ou a emoção? O cérebro ou o coração? A resposta parece ser: todas as alternativas estão corretas.

Decidir somente com a racionalidade poderá trazer prejuízos para as emoções essenciais; Direcionar-se apenas pelos sentimentos, poderá trazer cobranças futuras do senso crítico.

De que forma deveremos compreender, por exemplo, o amor? Com a matemática organizada pela cabeça ou pela semiótica construída pelos desejos? Ou em linguagem mais acessível, pela solidez da lógica do pensamento ou pela liquidez do que depositamos no coração? Ou Ainda, mais claramente filosofando, amamos pelo que imaginamos ou pelo que alimentamos pela libido? Está difícil compreender? Talvez seja por que sua fonte de compreensão tenha mais cérebro do que coração, quiçá, tenha mais ilusão do que razão.

Que coisa mais complicada é esta que estou tentando compreender ou fazer compreender? É o resultado por sermos animais racionais que se relacionam com o mundo e com os outros humanos, através da irracionalidade do sentir. "Sinto, logo minto", Penso, logo dispenso".
Sem querer ser o pensador que lhe cabe neste latifúndio, creio ter iniciado um bom mote para discutir sobre a arte de compreender. Senão observemos: Quando queremos compreender as coisas somente com os sentimentos, sofremos; Quando ficamos somente no campo da razão, também sofremos. Então, sem querer querendo, começo a desconfiar que nossa capacidade de compreender está em outro lugar que não é o cérebro, nem é o coração. Qual será?

Pausa para pensar... Pausa para pensar... Pausa para pensar... Pausa para pensar...

Já sei! Nossa fonte de compreensão fica em toda a rede de circulação do sangue da reflexão, que sai do coração, passa pelo cérebro e leva vida a todos os nossos corpos. Nossos corpos? Sim, o corpo físico, o corpo mental, o corpo espiritual, o corpo perispiritual, somente para citar estes, dentre os outros que algumas doutrinas atribuem ao homem.

No começo eram cabeça e coração, agora somos homens integrais, seres biopsicosocioespirituais, porém, continuamos limitados, usando 10% do reino do raciocínio, como já disse o poeta Raulzito. Daí, entramos em conflitos, brigamos com as ideias alheias, criamos imagens mentais distorcidas, entendemos mais não compreendemos, ouvimos mais não escutamos, falamos mais não dizemos nada, vemos mas não enxergamos, enfim, compreender, vira verbo difícil de conjugar.

Quem chegou até aqui compreendendo alguma coisa, mesmo que seja incompreensível explicar, talvez esteja começando a compreender que ser humano é mais do que ser deste plano, é ser viajante de um universo maravilhoso chamado coletividade, onde não existem barreiras, desigualdades, limitações ou quaisquer outras coisas que não nos deixam compreender o verdadeiro sentido da compreensão.

A integralidade aqui mencionada, faz do homem, um poço de sabedoria atemporal, em condições de compreender pessoas e fatos, sem desorganizar a escala de valores com os preconceitos, com as diversas doutrinas, com as múltiplas ideologias políticas ou religiosas, nem com nada que impeça a equilibrada flexibilização do poder analítico. Analisar tudo somente com a carga individualizada do personalismo, é diminuir a força da compreensão. Trocando em miúdos filosóficos, estou conceituando com aquele ditado que diz: Coloque-se no lugar do outro" que o outro representa um universo humano de diferentes personalidades, por isso, somos convidados a estender nossa rede de compreensão para além do cérebro e do coração.

Caso eu não tenha sido claro ou tenha escrito com linguagem rebuscada ou confusa demais, vou sintetizar o que acabo de transformar em texto, em um convite que espero, sinceramente, que você compreenda: Venha para a nova sociedade de homens integrais. A partir de agora,compreenda com toda a sua estrutura de ser racional, com toda a beleza de ser emocional
e com toda a certeza de ser imortal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita! Volte sempre!
Deixe aqui seu comentário ou entre em contato conosco pelo e-mail: sacescola@gmail.com