domingo, 30 de maio de 2010

Banda Segnus - Formada por deficientes visuais

Suas mãos tocam com presteza o instrumento de percussão. Apesar das dificuldades, a dona de casa Teresa Newman Barbosa do Nascimento, 38 anos, consegue reproduzir o som com clareza. Cega desde outubro de 2008, ela é uma das sete pessoas que fazem parte da Banda Segnus, única do Nordeste formada por deficientes visuais, que está lançando o seu primeiro CD, uma produção independente, graças ao esforço do grupo.

Teresa, assim como os outros integrantes, fez curso de musicografia em braile para se profissionalizar. E em breve terá nas mãos a tão sonhada carteira da Ordem dos Músicos. Com o documento, o grupo poderá tocar em bares, restaurantes e fazer apresentações até fora do estado. Uma vitória para quem tanto sofre com a falta de apoio e a discriminação em geral.

Quem assiste a uma apresentação da Banda Segnus não imagina que seus sete integrantes são deficientes visuais. Eles dominam muito bem os instrumentos musicais. Tocam do erudito ao forró pé de serra e conseguemenvolver quem está por perto. "A gente tenta fazer o melhor", resume Teresa, em tom humilde. Casada com um também deficiente visual e mãe de uma jovem de 22 anos, a dona de casa perdeu a visão após utilizar um medicamento inadequado para pressão arterial. "Foi muito difícil. Mas estou sobrevivendo com a ajuda da música", desabafou. Com a orientação do professor Nilton Cunha, formado em música pela Universidade Federal de Pernambuco, o grupo está conseguindo trabalhar a percepção auditiva. "A qualidade musical não deixa a desejar a de outras bandas formadas por pessoas sem deficiencia", comentou. Não é à toa que o nome da banda faz um trocadilho com as palavras cego e seguir. "Foi uma forma de mostrar que somos capazes de produzir música mesmo sem enxergar", diz Teresa Nascimento.
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